Hoje a doença esquistossomose, conhecida como barriga d’água, é uma das doenças parasitárias mais acometida no mundo, são cerca de 300 milhões de pessoas afetadas pelo verme Schistosoma mansoni, e cerca de 1 bilhão de pessoas quem correm o risco de infecção. Países na América do Sul, África, Caribe e Oriente Médio são os principais afetados.

O tratamento é dependente exclusivamente de apenas uma droga, o praziquantel, que não possui uma variação ou outro medicamente equivalente. Sua ação tem um ponto negativo significante, no qual o tratamento é especialmente na fase adulta do verme, no qual está em um estágio pouco mais avançado da doença e podendo causar resultados crônicos na saúde do paciente.

Em análise in vitro, foi observado uma morte do parasita in vivo, de uma taxa de 100% na fase adulta, e outra taxa de 60% na morte do parasita in vivo, nos ovos e fase prematura, tudo com o tratamento à base da própolis vermelha. Segundo a análise aplicada em ratos, o princípio teve uma resposta extremamente positiva e com resultados melhores se comparada com a medicação praziquantel. O teste foi realizado pelo Núcleo de Pesquisa Em Doenças Negligenciadas, Universidade Guarulhos em Guarulhos-SP com apoio da FAPESP.

“O que nos surpreendeu foi ela atravessar o tegumento do verme e matar tanto vermes adultos quanto imaturos, algo que o tratamento convencional da esquistossomose não faz”, afirma Josué de Moraes , professor da Universidade Guarulhos e autor do artigo publicado no Journal of Ethnopharmacology.

As análises foram realizadas apenas em animais no laboratório, agora o próximo passo é realizar a análise em humanos, segundo a equipe de cientista as intenções são positivas e extremamente promissoras.

Fontes: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874120332724#